Segundo IDC, software pirata é atalho para malware e outras ameaças
Os consumidores e as empresas que optam por usar softwares piratas estão correndo um risco extremamente elevado de infecção por malware – tanto quando procuram pelo programa, quanto quando o baixam. Ao menos é o que aponta um relatório da IDC feito a pedido da Microsoft.
De acordo com o levantamento “The Dangerous world of Counterfeit and Pirated Software” (.pdf), softwares piratas ou falsificados (ou seja, softwares não-licenciados e falsos que se passam por verdadeiros) tornaram-se um dos mais confiáveis e rápidos vetores de infecção por malware.
Após a execução de 533 testes de fontes piratas P2P e web, a IDC descobriu que 36% levaram de encontro a Trojans e adwares maliciosos. Para DVDs piratas, a taxa foi de cerca de um em cada cinco.
Globalmente, cerca de metade dos softwares pirateados foi conseguida por meio de download, mas os mercados de rua ainda são responsáveis por 21% e “empréstimos” por outros 16%, disse.
As empresas também não se “safam” tão facilmente. O levantamento da IDC mostra que quase um quarto das companhias norte-americanas relatou que funcionários instalavam “seus próprios softwares” nos últimos 2 anos – algo que é fracamente supervisionado.
Isso tudo leva a infecções que podiam consumir 1.5 bilhões de horas em tempo de limpeza, ou um impressionante custo global estimado em 114 bilhões de dólares em 2013 por software falsificado em todos os tipos de usuários, incluindo empresas.
Estes custos variam por região, com a América do Norte contribuindo com 16,5 bilhões de dólares, a Europa Ocidental com 20,5 bilhões de dólares, e a região da Ásia-Pacífico com o maior montante de 38,7 bilhões de dólares.
Sobre o estudo
O relatório às vezes carece de contexto para algumas de suas generalizações, tanto da própria pesquisa da IDC, quanto de fontes externas, como a campanha financiada pela Business Software Alliance (BSA).
Por alguma razão, os autores do estudo estavam particularmente preocupados com o número de cookies de rastreamento que encontraram em canais P2P de distribuição de software piratas, mas muitos não-piratas também entregavam tais cookies.
Da mesma forma também são entregues malwares, que se tornaram uma forma de software agressivo distribuídos por todo e qualquer canal, incluindo e-mail e sites legítimos.
Softwares piratas podem ser uma fonte popular para um software ruim, mas está longe de ser a única. Um exemplo disso é o fenômeno dos falsos programas antivírus (também chamados de scareware), que pessoas pagavam caro por acreditar que eles eram reais.
A linguagem do relatório, se não as suas conclusões gerais, fará com que alguns o rejeitem por ser “exagerado” e do tipo que se adapta à indústria de software. O que falta é alguma informação sobre as diferentes justificativas utilizadas para a pirataria, onde ela existe. Amoral ou não, algumas pessoas veem a pirataria como um ato político e não serão persuadidos por dados sobre os danos causados por malware.
Fonte: PC World Tecnologia